
Os desafios de trabalhar com motoristas agregados e como evitá-los
26 de maio de 2025Muitas transportadoras ainda tratam o controle da jornada dos motoristas como um detalhe operacional. No entanto, a falta desse controle pode trazer prejuízos significativos financeiros, jurídicos e até de imagem.
Para quem atua no setor de transporte rodoviário, a rotina é desafiadora: prazos apertados, rotas longas, pressão por produtividade. Em meio a tantos fatores, um ponto crucial ainda é negligenciado por muitas empresas: o controle adequado da jornada de trabalho dos motoristas. “A falta de controle da jornada pode levar a uma série de prejuízos, incluindo multas e indenizações, ações judiciais, passivos trabalhistas e danos à imagem da empresa”, explica Catarina Dulcineia de Moura, gerente comercial do ATS Jornada by nstech. Ela alerta que não se trata apenas de uma obrigação legal, mas de uma prática que garante segurança jurídica e operacional.
Horas extras não registradas, jornadas exaustivas e ausência de pausas são algumas das queixas mais comuns nas ações trabalhistas envolvendo motoristas profissionais. De acordo com Catarina, as demandas mais recorrentes nesse cenário envolvem horas extras, intervalos intrajornada e interjornada. “Além disso, acidentes de trabalho e o descumprimento de normas de segurança também costumam gerar processos”, complementa.
A intensificação das fiscalizações também coloca as transportadoras em alerta. Órgãos como o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal têm atuado com rigor para garantir o cumprimento da Lei do Motorista (nº 13.103/2015). O uso de tecnologias de monitoramento já é considerado um diferencial na hora de evitar autuações.
“As empresas que não usam sistemas automatizados estão mais vulneráveis a penalizações. A fiscalização hoje vai além do papel: ela analisa dados reais, cruzando informações do tacógrafo, do controle interno e até do ponto eletrônico”, afirma Catarina.
Custos invisíveis que viram prejuízos
Além das questões legais, há também o impacto financeiro direto. Um cálculo simples mostra como as horas extras indevidas podem pesar no orçamento da empresa. Se um motorista com salário de R$ 2.200,00 realiza 30 horas extras no mês, com adicional de 50%, o custo adicional é de R$ 450,00. Multiplicado por dezenas de motoristas e ao longo dos meses, o valor se torna expressivo.
“Esses custos muitas vezes passam despercebidos, mas comprometem a rentabilidade da operação”, explica Catarina. “E não é só isso. Sem controle, a transportadora perde produtividade, tem dificuldades logísticas, aumenta o gasto com combustível e enfrenta mais problemas com manutenção da frota.”
Segundo Catarina, o mau controle da jornada impacta diretamente a produtividade da frota, gerando atrasos nas entregas, paradas desnecessárias e até desmotivação dos motoristas. “É um efeito cascata. O motorista cansado rende menos, o veículo roda mais do que o necessário, a operação fica desorganizada e os custos sobem”, resume.
Além disso, a reputação da empresa também entra em risco. Embarcadores e clientes estão cada vez mais exigentes quanto à responsabilidade social, segurança e conformidade legal. “Compliance trabalhista virou diferencial competitivo. Quem não acompanha, fica para trás”, diz Catarina.
Tecnologia como solução: o papel do ATS Jornada by nstech
A boa notícia é que a tecnologia pode mudar esse cenário. O ATS Jornada by nstech é um sistema desenvolvido para oferecer controle preciso e confiável da jornada dos motoristas. Ele automatiza registros, gera relatórios em tempo real e se integra ao RH da empresa.“O ATS Jornada ajuda a reduzir passivos, evitar multas e promover um ambiente de trabalho mais saudável”, garante Catarina. “É uma solução completa, pensada para a realidade das transportadoras brasileiras.”
Por onde começar?
Para quem quer entender melhor como funciona a gestão da jornada e como o sistema pode ajudar, Catarina indica um primeiro passo simples: “Compreender o conceito de jornada do motorista e como ele se aplica à sua operação. Em seguida, é importante identificar os desafios internos e buscar uma conversa com nosso time comercial. Essa troca já ajuda a entender onde melhorar.” Em um setor altamente competitivo, as transportadoras que investem em tecnologia, segurança e conformidade estão mais preparadas para crescer de forma sustentável e evitar prejuízos no futuro.